Hormônios Masculinos
A produção de hormônios masculinos, especialmente a testosterona, é crucial para a saúde dos homens. Desequilíbrios nessa produção, seja por falta ou excesso, podem causar sérias consequências. Portanto, é importante que esses desequilíbrios sejam avaliados e tratados corretamente.
Reposição de Testosterona
Atualmente, há uma crescente procura por reposição de testosterona devido ao grande apelo midiático e das redes sociais, associado ao ambiente que gera sempre a sensação de estar “indisposto”, “cansado” e “fraco”. Entretanto, a indisposição é um sintoma inespecífico que pode ou não representar uma doença, e a associação com a testosterona baixa nem sempre é real – na maioria das vezes, não é. Por isso, é sempre necessário uma avaliação criteriosa da história, dos hábitos (como sono, estresse, trabalho, relacionamento, alimentação, consumo de substâncias como álcool, tabaco e outras drogas) e das comorbidades (doenças como obesidade e diabetes interferem), que tanto podem causar redução dos níveis de testosterona de maneira indireta (se corrigir o problema, ela melhora) quanto podem estar associadas ao hipogonadismo masculino (uma redução de produção estrutural da testosterona).
Uso Desnecessário
O uso desnecessário de testosterona traz riscos à saúde, incluindo a própria infertilidade, agravamento de doenças crônicas, alterações psiquiátricas e aumento do risco de trombose e outras doenças cardiovasculares. Evidentemente, quanto maior a dose, maior o risco. No entanto, não há vantagem em usar testosterona quando os níveis estão normais, já que o corpo para de produzir a sua própria, que é muito mais eficiente e sincronizada com a realidade do indivíduo.
O uso em doses suprafisiológicas, ou seja, doses maiores com o objetivo de atingir níveis elevados de testosterona, tem se tornado cada vez mais popular para fins estéticos e de performance, principalmente no mundo fitness.
No entanto, para que ocorram esses efeitos, é necessária uma dose excessiva e níveis muito acima do normal, associados ao estilo de vida. Esses níveis elevados geram um grande aumento dos riscos já citados, além de possível dependência química, já que a testosterona é altamente estimulante para o cérebro e, em excesso, pode causar lesões cerebrais.
Ter consciência dos riscos e entender as reais indicações podem ser fundamentais para que cada um faça sua escolha ciente dos impactos na sua saúde.