Hormônios Femininos

A endocrinologia, junto com a ginecologia, ajuda a tratar a síndrome dos ovários policísticos, falência precoce dos ovários, menopausa e climatério. O cuidado com a saúde da mulher é essencial, e a visão sistêmica do endocrinologista pode melhorar o tratamento dessas condições devido à interligação dos hormônios.

Menopausa

Metade da população vai passar pela menopausa. Muitas mulheres têm muito receio desse período, tanto por questões psíquicas associadas a mudanças hormonais e ao envelhecimento, quanto pelos possíveis impactos na saúde desse período.

É importante ressaltar que a menopausa faz parte da vida da mulher. Nossa natureza não foi preparada para ter a mesma carga de hormônios por toda a vida. Não há como bloquear nosso envelhecimento, e o objetivo de cuidar da mulher nessa fase é melhorar sua qualidade de vida, e não encontrar um elixir da juventude.

Na menopausa, há a parada da ovulação e menstruação. Isso implica em redução drástica dos hormônios femininos (estrogênio e progesterona) e aumento dos hormônios estimulantes do ovário, LH e FSH. Essa combinação pode gerar sintomas desconfortáveis, e o tratamento visa aliviar esses sintomas, e não fazer uma reposição para se tornar “mais jovem”.

O objetivo principal é minimizar as complicações e preservar a qualidade de vida. Algumas mulheres terão mais sintomas do que outras, devido a motivos genéticos, psíquicos e ambientais.

Os motivos genéticos são mais difíceis de atuar, bem como questões como a necessidade de retirada dos ovários por uma doença, o que pode causar uma menopausa mais abrupta.

No entanto, nos aspectos psíquicos e ambientais, é possível começar antes mesmo da menopausa a praticar ações que minimizem os sintomas e impactos na saúde.

Hábitos Saudáveis

Hábitos saudáveis como a prática de exercícios comprovadamente reduzem os sintomas da menopausa, ou ao menos a percepção deles, especialmente quando realizados de forma contínua (com constância e começando antes dessa fase, se possível). Exercícios regulares, na maioria dos dias do ano, podem levar à melhora dos fogachos, do sono, da ansiedade, além de reduzir o risco cardiovascular, a gordura visceral, a hipertensão, o diabetes, o câncer, a gordura no fígado e a mortalidade. São questões associadas com a menopausa, mas que não têm apenas relação com mudanças hormonais, mas também com o envelhecimento e o estilo de vida.

Alimentação

A alimentação também é crucial. Uma alimentação com menor teor de açúcar, gordura hidrogenada, gordura saturada, farinha refinada e ultraprocessados, e mais rica em vegetais folhosos, legumes, verduras, frutas, proteínas de alto valor biológico (peixe, frango, carne magra, ovos, leite e derivados magros - os gordurosos sempre em menor porção) e moderada em gorduras boas (azeite extra-virgem, oleaginosas, abacate), além do ajuste das quantidades, mantendo um balanço de calorias saudável para evitar excesso de peso, com ajuda profissional se necessário, ajuda muito. Evitar bebidas calóricas e álcool também é muito válido, já que o excesso de bebidas tem muitas calorias não percebidas, excesso de açúcar, e o álcool piora o quadro de ansiedade, a qualidade do sono e o metabolismo, dificultando ainda mais o processo.

Sono

Manter uma higiene do sono adequada e um horário regular de sono também ajuda. Sabemos que a insônia não é causada apenas pelos hormônios e que a falta de sono pode piorar os sintomas da menopausa. Estabelecer horários adequados, evitar estímulos luminosos, notícias ruins, redes sociais, jogos e bebidas estimulantes (principalmente à tarde e à noite, como café e energéticos) também é muito útil.

Estresse

O tratamento psíquico e o controle do estresse também são importantes. Avaliar a saúde mental para se proteger de problemas que possam agravar os sintomas da menopausa facilita passar por esse período com menor impacto. Todas essas medidas ajudam a reduzir a incidência e gravidade de doenças crônicas que podem piorar na menopausa, como perda de massa óssea, câncer, diabetes, obesidade, gordura no fígado, hepatite, cirrose, depressão, ansiedade, hipertensão, aumento do colesterol e triglicérides, bem como demência.

Os hormônios no início da menopausa, quando há sintomas intensos, podem ajudar se houver indicação e não houver contraindicação. Por isso, não depender só deles é fundamental. Inclusive, porque quanto maior a dose, maior o risco de complicações. Controlando os outros fatores, precisamos de doses menores.

Busque Ajuda Médica

É importante ressaltar que, caso você apresente sintomas, busque acompanhamento médico precoce. Após 10 anos do início da menopausa, há contraindicação para todas as mulheres iniciarem a reposição de hormônios femininos, uma vez que os riscos claramente superam os benefícios nessa fase (maior risco de doenças cardiovasculares, morte e demência).

Blog Dra Renata Gonçalves Campos

Dra. Renata Gonçalves Campos

Endocrinologista em São Paulo

CRM 135847-SP

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