A compulsão alimentar é um distúrbio muitas vezes associado a quadros de ansiedade, estresse e preocupação. Frequentemente, as pessoas que sofrem desse transtorno sentem uma necessidade incontrolável de consumir grandes quantidades de alimentos saborosos, como chocolates, lanches, pizzas e salgadinhos. Esses alimentos são ricos em açúcar e gordura, o que estimula áreas do cérebro responsáveis pela recompensa, dificultando a percepção da quantidade necessária para saciedade.
Sintomas da Compulsão Alimentar
1. Episódios de descontrole frequentes: Consumir grandes quantidades de alimentos em curtos períodos.
2. Preferência por alimentos ricos em açúcar e gordura: Que estimulam excessivamente o cérebro.
3. Comer em segredo: Sentir vergonha ou culpa após os episódios.
4. Sensação de mal-estar: Sentir-se fisicamente desconfortável, com estômago cheio ou náuseas.
5. Alimentos não tão saborosos: Às vezes, até alimentos menos saborosos são consumidos em excesso.
Quando o Descontrole se Torna um Transtorno
Nem todo descontrole alimentar caracteriza a compulsão alimentar. Esse transtorno é diagnosticado quando os episódios ocorrem pelo menos uma vez por semana, por um período de três meses, e causam grande sofrimento emocional. Sentimentos de culpa e vergonha, comer escondido e o impacto negativo na qualidade de vida são sinais claros de que é hora de procurar ajuda profissional.
Profissionais Indicados para o Tratamento
1. Psiquiatra: Pode diagnosticar a compulsão alimentar e outros transtornos associados, como ansiedade e depressão.
2. Endocrinologista: Auxilia no manejo das consequências metabólicas do transtorno, como obesidade e diabetes.
3. Psicólogo: A terapia cognitivo-comportamental é eficaz na mudança de comportamentos e na identificação de gatilhos.
4. Nutricionista: Desenvolve planos alimentares adequados, evitando dietas excessivamente restritivas.
Tratamento e Medicações
Em casos leves, a combinação de psicoterapia e mudanças na alimentação pode ser suficiente. Já em casos moderados a graves, pode ser necessário o uso de medicações, como:
- Inibidores de recaptação de serotonina: Exemplo, Fluoxetina.
- Agonistas de GLP-1: Ajudam a aumentar a saciedade.
- Lisdexanfetamina: Específica para transtorno de compulsão alimentar, prescrita por médicos especialistas.
Cuidados e Considerações
É essencial que o tratamento seja individualizado, considerando os possíveis efeitos colaterais das medicações e a presença de outras condições de saúde, como doenças cardíacas. O objetivo do tratamento é reduzir os episódios de compulsão, melhorar a qualidade de vida do paciente e minimizar complicações associadas, como obesidade, diabetes e hipertensão.
Se você suspeita que pode estar sofrendo de compulsão alimentar, procure um endocrinologista e um psiquiatra para uma avaliação adequada e início do tratamento o mais rápido possível. Com o apoio correto, é possível melhorar significativamente a qualidade de vida e controlar os episódios de compulsão alimentar.